sexta-feira, 30 de março de 2012

Legados inesquecíveis


Sou avesso à idolatria, seja de pessoas ou de fatos históricos, por exemplo. No caso de Millor Fernandes (1923-2012), que morreu dia 27, cheguei perto de tê-lo como ídolo existencial. Admiro também Chico Anysio, que se foi dia 23, e a “rainha do choro” Ademilde Fonseca, que se despediu da gente dia 27 também. Há que se admirar gênios e artistas.
Folha de S. Paulo e Estado de Minas, dia 29, seguiram a mesma linha em edições de capa, destacando uma frase de Millôr Fernandes – com quem fiz uma longa entrevista em 1975, em Campinas, quando era um principiante no Diário do Povo. ‘‘A gente só morre uma vez. Mas é para sempre’’.
“Autodidata em todas as artes às quais se dedicou, Millôr começou a trabalhar cedo na imprensa, aos 14 anos. Com 19, já na revista O Cruzeiro, inaugurou estilo único de ler a realidade, não deixando escapar nem mesmo temas considerados tabus, como a morte: “Não tenha medo de morrer. Talvez não haja o desconhecido, haja um velho amigo”, reporta o Estado de Minas.
DEFINIÇÃO PRIMOROSA
Já o Correio Braziliense lembra que Millôr notabilizou-se principalmente como frasista. Sobre jornalismo, cunhou uma definição primorosa: “Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.
Na minha entrevista, juntamente com a de Ziraldo, Millôr Fernandes afirmou que, para ele, “tudo é político-social”. Foi em maio de 1975. Chamou a imprensa de corrupta e as agências de publicidade de “centro da corrupção do nosso mundo”. “Se de repente houvesse a possibilidade de uma utopia na imprensa e ela, da noite para o dia, passasse a ser boa, toda a sociedade seria boa. Ela é um reflexo da sociedade, mas poderia fazer com que a sociedade fosse um reflexo dela”. Millor falou: “Ninguém me dá liberdade. Eu tenho a minha”. (Tinha a íntegra da entrevista gravada em “fita cassete” – meu trofeu. Emprestei para um querido tio. Meu primo, garotão, gravou um rock em cima. Sorte que guardei o velho jornal)
Quem escreveu um belo perfil de Millôr foi Ruy Castro, na Folha de S. Paulo, (29). Trecho: “Não há formato de texto de imprensa que ele não tenha experimentado: editorial, panfleto, sátira, paródia, fábula, conto, aforismo, diálogo, trocadilho, verso livre ou metrificado, haicai -tudo quase sempre associado a algum grafismo sem paralelo no Brasil. Também dirigiu revista e jornal, escreveu teatro (como autor ou tradutor), fez letra de música e foi mestre de cerimônias de espetáculos. Mas nunca fez nada disso para exibir seu virtuosismo. Cada formato, atividade ou recurso era apenas o mais adequado ao que ele quisesse dizer -e, em qualquer momento, Millôr sempre tinha o que dizer a respeito de comportamento, cultura, política, ética, ciência, religião e do que você quiser”.
Ruy Castro recorda que escreveu certa vez que, se batidos num liquidificador, Ambrose Bierce, de “O Dicionário do Diabo”, o vienense Karl Kraus e o romeno E. M. Cioran, famosos internacionalmente por suas frases, não valiam meio copo de Millôr. “Mas começo a achar que ele era páreo até para seus heróis: Bernard Shaw, no texto, e Saul Steinberg, no desenho”.
ENGANO
Na mesma edição, Janio de Freitas, em “Millôr, meu amigo”, comenta um engano. “Acompanhou Millôr desde a primeira página do “Pif-Paf” no longínquo“O Cruzeiro” e agora se mostra com toda intensidade, nos jornais, nas TVs, nas conversas sobre “o humorista Millôr”. Mas desengane-se: Millôr não era humorista. Millôr foi um pensador. Brilhante e fertilíssimo pensador. Ilimitado nos temas e incessante no seu exercício de pensador”.
Reporto-me ao texto de Ruy Castro para exemplificar o que senti ao entrevistar Millôr Fernandes, ele aos 52 anos, eu com 26. “Era impossível aproximar-se dele sem admirar sua inteligência, independência e autossuficiência – cada qualidade sustentava as outras duas e o tornava quem ele era”.
ARTISTA MULTIMÍDIA
O Brasil perdeu, dia 23, outro gênio, Chico Anysio. O Correio Braziliense (24) conta que ele era um artista multimídia, antes mesmo de a expressão ser inventada. “Começou no rádio. Fez teatro e cinema. Escreveu dezenas de livros. Compôs música. Cantou. Mas foi na TV que se consagrou como o maior humorista brasileiro de todos os tempos. Os 209 personagens que criou divertiram várias gerações de brasileiros. E bordões como “Afe, tô morta”, do pai de santo Painho, e “E o salário, ó!”, do saudoso professor Raimundo, caíram no gosto popular”.
Em “Adeus, Chico”, o Estado de Minas fez uma bela chamada de capa dia 24. “Salomé, Pantaleão, Popó, Coalhada, Bozó, Painho, Professor Raimundo, Alberto Roberto, Nazareno, Al Cafone, Alfacinha, Azambuja, Baiano, Bandeira, Bento Carneiro, Bexiga, Bonfá, Bonfim, Bóris, Brazuca, Bronco Billy, Bruce Kane, Caetano Codô, Caio Malufus, Canavieira, Caramuru, Cascata, Castelinho, Chiquitim, Cleofas, Comandante Alencar, Coronel Bezerra, Coronel Candinho, Coronel Lidu, Coronel Limoeiro, Coronel Lindomar, Delegado Matoso, Divino, Dona Dedé, Dona Ilária, Doutor Rosseti, Doutor Salgado, Esquerdinha, Flora Romão, Franciscano, Frota, Fumaça, Galileu, Gastão, Genival, Haroldo, Hilário, Jean Pierre, Jovem, Justo Veríssimo, Karlos Kafunga, Lingote, Linguinha, Lobato, Lobo Filho, Lord Black, Maria Baiana, Mariano, Meinha, Milton Gama, Mirandinha, Napoleão, Neyde Taubaté, Nicanor, Olindo, Osvaldão, Padre Miguel, Paulo Jeton, Primo Rico, Profeta, Prometeu, Quem-Quem, Quirino, Roberval Taylor, Santelmo, Setembrino Republicano, Seu Jayme, Silva, Simplício, Tan-Tan, Tim Tones, Urubulino, Valentino, Véio Zuza, Vieira Souto, Virgílio, Vovó Zefa, Washington, Zé da Silva, Zelberto Zel e muitos outros personagens que são a cara do Brasil”. (…)
Chico Anysio morreu aos 80 anos de falência múltipla de órgãos, como Millôr Fernandes, aos 88 anos, depois do agravamento de suas doenças.
CHORO
No mesmo dia da viagem de Millôr, foi-se “A voz veloz da rainha do choro”, como noticiou a Folha de S. Paulo. Ademilde Fonseca, vítima de mal súbito, aos 91 anos, “tinha como marca registrada a destreza com que cantava versos enormes em velocidade inacreditável. Sua última gravação aconteceu no começo deste ano, em “Lágrimas e Rimas”, álbum da cantora Ana Bello que deve chegar às lojas em abril. As duas dividem vocais no choro “Arrasta-Pé” (Waldir Azevedo/ Klécius Caldas)”.
FRASE
“O que faz um papa, qual é a sua missão?”
Pergunta do ex-ditador cubano, Fidel Castro, ao papa católico Bento 16, com quem se encontrou durante visita a Havana, dia 28. Fidel foi excomungado pela Igreja Católica em 1962, após declarar adesão ao comunismo. (Folha de S. Paulo, (29), segundo relato do porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, para quem o encontro foi “muito animado”.)
José Aparecido Miguel, sócio da Mais Comunicação, www.maiscom.com, é jornalista, editor e consultor em comunicação.
TEXTO DIVULGADO ORIGINALMENTE EM www.outraspaginas.com.br

quinta-feira, 15 de março de 2012

Enxada, terra e ciência


Causa e efeito, ação e reação, o homem e suas circunstâncias – assim é a realidade, na vida e na economia, mesmo relativizando os resultados de cada fato. A economia brasileira pode sofrer muitas dificuldades este ano, em consequência das crises que demoram na Europa e ainda nos Estados Unidos. Não é pouco, embora o discurso oficial seja otimista. Ser otimista é importante, mas “cantar nunca foi só de alegria/Com tempo ruim, todo mundo também dá bom dia!”, como compôs, em “Palavras”, o talentoso Gonzaguinha (Luiz Gonzaga do Nascimento Junior, 1945/1991).
O Brasil patina em sua pauta de exportações. Reportagem de Luiz Guilherme Gerbelli no jornal O Estado de S. Paulo (12 de março) mostra que somente seis produtos representam 47% do que o Brasil exporta. Minério de ferro, petróleo bruto, complexo de soja, carne, açúcar e café. Em 2006, essa participação era de 28,4%.
(Curiosidade: “O Brasil importa café processado, vejam vocês, principalmente de 3 países ricos que não produzem um só grão: Suíça, Grã-Bretanha e Itália. O pior é que esse café importado pelo país é, em boa parte, café… brasileiro”, escreveu na Veja, no ano passado, o jornalista Ricardo Setti).
O texto do Estadão alerta que esse aumento da dependência ganha contornos ainda mais preocupantes porque o maior comprador atual das matérias-primas brasileiras passa por um momento de transição. Na semana passada, a China anunciou que vai perseguir uma meta de crescimento de 7,5% ao ano. A meta anterior era de 8% ao ano. “Ao dizer que vai reduzir o ritmo de crescimento, a China diz, indiretamente, que vai comprar menos insumos”, fala o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.
Fábio Silveira, economista da RC Consultores, estima estima um recuo de 10% no preço da soja, carne, açúcar e do café este ano.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) definiu US$ 264 bilhões como a meta de exportação, valor 3,1% maior que o do ano passado.
Rodrigo Branco, economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), ressalta, porém, que o saldo comercial do País deverá ser menor, porque, além do preço mais baixo das commodities, as importações devem permanecer em um patamar elevado. “Estamos com uma demanda relativamente aquecida em relação ao resto do mundo, principalmente de bens de consumo duráveis”, explicou, em entrevista ao Estadão.
MARCHA À RÉ
Há outras preocupações significativas no emergente Brasil da chamada “nova classe média”.
Helena Nader, biomédica, é presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), membro da Academia Brasileira de Ciências e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), escreve artigo na Folha de S. Paulo (dia 15) sobre “cortes em ciência e o país em marcha à ré”.
“Os cortes de R$ 1,48 bilhão (22%) e de R$ 1,93 bilhão (5,5%), respectivamente, nos orçamentos dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), anunciados recentemente pelo governo federal, são deveras preocupantes quando se tem como compromissos o desenvolvimento sustentável, a competitividade da economia brasileira e o bem-estar de nossas gerações presentes e futuras.
Outros trechos: “Não se duvida das necessidades macroeconômicas que levaram o governo a promover uma redução de R$ 55 bilhões em seus gastos em 2012. Mas não podemos concordar que, em nome do aumento do superávit primário e da redução da dívida pública, seja comprometido o futuro do Brasil e dos brasileiros”.
“Não sabemos o quanto os cortes no MCTI e no MEC ajudarão no desempenho das contas federais, mas temos certeza sobre as suas repercussões na vida do país: prejuízos às medidas que visam reduzir o nosso inaceitável déficit educacional e à projeção no  cenário científico e tecnológico mundial, além da diminuição da já precária competitividade da indústria brasileira”.
COMPARAÇÃO
A presidente da SBPC lembra que educação de qualidade e produção de C&T (Ciência e Tecnologia) avançadas são prioridades para o desenvolvimento nacional.
“Para ficar na comparação apenas com dois emergentes, a Coreia do Sul ocupa a 15ª posição no ranking de IDH e tem renda per capita PPC (paridade de poder de compra) de US$ 31.753; a Finlândia tem a 22ª posição no IDH e renda per capita PPC de US$ 40.197. Já o Brasil ocupa a 84ª posição, com renda per capita PPC de US$ 11.767. Os investimentos públicos e privados em P&D (pesquisa e desenvolvimento) nesses países com relação ao PIB: Finlândia, 3,84%; Coreia do Sul, 3,36%; Brasil, 1,19%”.
O último parágrafo do artigo de Helena Nader: “Temos claro que os cortes no MEC e no MCTI causarão prejuízos infinitamente maiores do que o montante que se está economizando agora”.
FRASES
“Se Brasil, China e Índia decidirem copiar o estilo de vida dos desenvolvidos, serão necessários cinco planetas Terra”.
Sha Zukang, chinês, secretário-geral da Organização das Nações Unidas para a Rio+20, em entrevista ao O Globo, citado em Veja (dia 14, data de capa).
“Adriano só tem chance de jogar futebol, em bom nível, quando tratar, para valer, de seus problemas psíquicos e sociais, por quem entende muito do assunto. Não adianta apenas dar conselhos nem tapinhas nas costas”.
Tostão, cronista esportivo, um dos principais jogadores de futebol da história no Brasil, médico e psicanalista, na Folha de  S. Paulo (dia 14).
Acompanhe mais:
José Aparecido Miguel, sócio da Mais Comunicação, www.maiscom.com, é jornalista, editor e consultor em comunicação.
TEXTO PUBLICADO ORIGINALMENTE EM

segunda-feira, 5 de março de 2012

A coincidência que veio do frio


Madrugada de sábado, 25 de fevereiro de 2012. Locais: jornal O Estado de S. Paulo, com sede no bairro da Casa Verde, na  capital paulista. Muito distante dali fica a Estação Antártida Comandante Ferraz, base brasileira no continente.

Na manhã de sábado, o Estadão publica informação sigilosa de que embarcação brasileira com diesel afunda na Antártida. “Uma chata rebocada pela Marinha afundou em dezembro no litoral da Antártida com uma carga de 10 mil litros de óleo diesel anticongelante, informa o repórter Sérgio Torres. O naufrágio é mantido em sigilo pelo governo. Um compartimento da embarcação armazena o combustível, que não vazou. Ela está a 40 metros de profundidade e a 900 metros da Estação Antártida Comandante Ferraz. Na próxima semana haverá uma tentativa de resgate”.
No dia 26, o mesmo jornal destaca que incêndio destrói base brasileira na Antártida e deixa dois mortos – o fogo começou às 2 horas do sábado, 25.
“A Estação Comandante Ferraz, base militar e científica na Antártida, foi destruída em um incêndio. Havia 60 pessoas na estação, metade delas pesquisadores de universidades nacionais. Dois militares morreram e um ficou ferido. Os outros ocupantes da base escaparam ilesos. O fogo começou às 2h na praça das máquinas, onde funcionavam os geradores, e se alastrou com rapidez. Os sobreviventes foram levados de helicópteros para a base chilena Eduardo Frei e serão transportados por um avião da Força Aérea da Argentina para a cidade chilena de Punta Arenas”.  Inicialmente, “em comunicado oficial, a Marinha não reconheceu as mortes nem a destruição da base”, registra oEstadão.
Segundo informações preliminares da Marinha, um incêndio nos geradores de energia causou a explosão, escreve a Folha de S. Paulo (26).
“Após reduzir verba, governo promete nova base em 2 anos”, traz na mancheteO Globo (26).  “Depois de gastar apenas metade do orçamento previsto para o programa brasileiro na Antártica no ano passado, deixando de aplicar R$9 milhões, o governo promete agora reconstruir em dois anos a Estação Comandante Ferraz. Um incêndio na madrugada de sábado matou dois militares (da Marinha) e destruiu 70% das instalações. Pesquisadores choravam ontem a morte dos companheiros de missão e a destruição de pesquisas. O governo estuda usar o navio polar Almirante Maximiniano como base provisória”.
Os mortos, enterrados no Brasil com honras militares e homenagem da presidente Dilma Rousseff são:
“Sargento Roberto Lopes dos Santos. Era sua 3ª missão na Antártica. Morava em Nilópolis (RJ), gostava de fotografar e tinha 45 anos. Suboficial Carlos Alberto Figueiredo. Baiano de 47 anos, estava na Marinha há 30. Tinha planos de se aposentar em março”.
DESCONHECIDO
A ombudsman da Folha de S. Paulo, Suzana Singer, escreve dia 4 de março, em “A notícia que veio do frio” (inspira o título deste blog), que “o incêndio na Antártida, continente que a Folha visitou recentemente, foi subestimado pelo jornal. “Não se trata de desprezo pelo continente mais frio e desconhecido do mundo.O jornal bancou recentemente uma viagem caríssima de uma dupla de jornalista e fotógrafo à Antártida, relatada na “Serafina” (revista da publicação) de janeiro e devidamente destacada na primeira página”.
Veja (7 de março, data de capa) reduziu o assunto a uma nota na página de “Datas”. “Diversos grupos de pesquisa tiveram seus estudos afetados. Estima-se que mais de 40% do material científico tenha sido atingido”.
Folha retomou o tema dia 5, com a chamada de capa “Inferno no gelo”. “Era 1h de sábado. Um colega pesquisador abriu a porta do quarto e anunciou o incêndio. Saí literalmente com a calça na mão”, conta o cientista Caio Cipro, 30, que acompanhou o resgate de um militar ferido na base brasileira na Antártida, destruída pelo fogo.
O Senado ouve dia 6 de março o ministro da Defesa, Celso Amorim, sobre o acidente, segundo o Valor Online (2).
SIMBÓLICO
De acordo com Cristina Engel de Alvarez, arquiteta que coordenou parte da construção da base Comandante Ferraz, na Antártida, ainda não é possível prever se a nova base ficará pronta em dois ou três anos. “Na Antártida só é possível construir durante o verão. Portanto, as construções só podem começar no ano que vem. Além deste limite por causa do clima, é preciso limpar o terreno, comprar material, a construção também exige toda uma logística de navios que é muito complicada”, disse ao iG (27).
O incêndio que atingiu a Estação Antártica Comandante Ferraz pode ter sido um acidente, mas é simbólico de uma crise no  Programa Antártico Brasileiro (Proantar), diz Jefferson Simões, diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, maior referência da ciência brasileira na Antártida, segundo a Agência Estado (27). “Outros sintomas, diz ele, são o fato de o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel – essencial às operações no continente gelado – estar quebrado há quase dois meses, no porto de Punta Arenas (Chile), e a barca cheia de combustível que afundou perto da base em dezembro, conforme noticiado pelo Estado“.
Estações da Rússia e da Argentina já tiveram parte destruída por causa de incêndios nos últimos anos.
A Estação Antártica Comandante Ferraz é uma base pertencente ao Brasil localizada ilha do Rei George, a 130 km da Península Antártica, na baía do Almirantado, Antártica. Começou a operar em 6 de fevereiro de 1984, informa aWikipédia.
FRASE
“Foi apavorante, nunca vi nada igual. Foi tudo muito rápido, perdi tudo, até minhas roupas. Não sei se volto”.
Teresinha Abaher, oceanógrafa, lamentando o incêndio na base brasileira na Antártida.  Fonte: Veja.
José Aparecido Miguel, sócio da Mais Comunicação, www.maiscom.com, é jornalista, editor e consultor em comunicação.
TEXTO DIVULGADO ORIGINALMENTE EM